Nem sempre pequenas usinas têm menos impacto, diz presidente do Ibama
- Ednilson Gomes
- 30 de set. de 2021
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24/04/2007 - 23h31
Érica Santana Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nem sempre as pequenas hidrelétricas têm baixo impacto ambiental, e nem sempre as grandes têm alto impacto. A observação é do presidente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Márcio Freitas. "Existem vários casos de PCH [pequena central hidrelétrica] que tem alto impacto ambiental, assim como existem casos de usinas grandes que têm pouco impacto ambiental”, disse, em entrevista à Agência Brasil. “No caso de PCH , muitas vezes há o comprometimento de uma alça de um rio, ou de alguma situação de desvio do canal principal do condutor que também pode ser identificado como um impacto significativo". De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para ser classificada como PCH a central deve ter potência entre1.000 e 30.000 kilowatts.
Atualmente, segundo dados do Centro Nacional de Desenvolvimento de Pequenas Centrais Hidrelétricas, operam no Brasil 253 usinas desse porte, responsáveis por 1,35% da capacidade instalada das usinas em operação. Ao ser perguntado se é possível o Brasil aumentar seu potencial energético sem comprometer o meio ambiente, o presidente substituto do Ibama disse que é impossível gerar energia sem impactar a natureza. "Nenhuma forma de geração de energia prescinde de algum tipo de impacto ambiental. Então, a questão que se coloca é qual é a viabilidade da geração de energia, frente ao custo que essa energia implica. Seja do ponto de vista ambiental, econômico ou social. Essa é uma discussão que o país tem que fazer", defendeu. Márcio Freitas destacou, no entanto que o Brasil pode crescer e ainda assim manter a sua diversidade biológica.
(Texto publicado originalmente em 24 de abril de 2007, no site da Agência Brasil)
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